O deputado estadual Tony Gel enviou nota para a imprensa nesta
sexta-feira (22) se posicionando contra a venda da área do Colégio
Municipal. “Um assunto tão importante como esse, num ano de eleição
municipal, no último ano da atual administração, é recomendável, para
que não haja nenhuma dúvida do ato, que não se sobrecarreguem os edis”,
disse.
Leia a nota na íntegra:
É do conhecimento de todos que a atual crise econômica brasileira tem
criado enormes dificuldades para a maioria dos estados e municípios. Em
sendo assim, alguns governadores e prefeitos buscam receitas de várias
formas, e uma delas é a venda de imóveis e outros ativos.
No caso de Caruaru, entendo que o prefeito José Queiroz enfrentará
enormes dificuldades para concretizar a venda dessa área do Colégio
Álvaro Lins, ainda que, com a devida e necessária aprovação da Câmara
Municipal.
Primeiro: trata-se de uma escola simbólica - a maior... e sempre foi uma referência da rede municipal...
Segundo: há um forte sentimentalismo por parte dos ex-alunos
(profissionais liberais, professores, empresários), dentre tantos que
não concordarão com essa ideia...
Terceiro: a justificativa de que se trata de uma área que não é
utilizada, me parece ser um argumento sem aderência - os pais, os
alunos, os munícipes, se consultados, responderão: bom, então que a
prefeitura nos convoque para colaborarmos na elaboração de projetos para
a área, que atendam às necessidades dos alunos, professores e
comunidade em geral.
Essas preocupações vão aflorar, até porque não houve, pelo que sei,
nenhuma discussão prévia com os vários seguimentos da sociedade sobre
esse assunto - (acho que a discussão, nesse caso, não deve se limitar
única e exclusivamente aos debates na Câmara Municipal).
É necessário que as razões sejam bem postas; que as justificativas do
chefe do executivo sejam conhecidas de todos os munícipes; e que os
argumentos sejam convincentes.
Por fim, um assunto tão importante como esse, num ano de eleição
municipal, no último ano da atual administração, é recomendável, para
que não haja nenhuma dúvida do ato, que não se sobrecarreguem os edis. A
responsabilidade deve ser compartilhada com toda a sociedade,
abrindo-se, portanto, os debates com as várias instituições que a
representam.
Esta é a minha opinião.
Tony Gel
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